História

CONHECENDO A HISTÓRIA DOS ÁCIDOS E BASES

    A palavra ácido tem origem do latim, acidus, e significa azedo (humm que sugestivo, não?). De forma geral, as substâncias classificadas como ácidas apresentam as seguintes propriedades:

  1. reagem com certos metais – liberando gás hidrogênio (H2);
  2. reagem também com carbonatos – liberando gás carbônico (CO2);
  3. são eletrólitos, ou seja, ao sofrerem ionização em água, tornando a solução condutora de corrente elétrica;
  4. provocam queimaduras na pele.  Você sem querer já deixou pingar limão na pele e começou a sentir ardências no local? Parou para pensar em quais as possíveis razões?

Imagem da fruta laranja, do limão, de uma mão com manchas de queimadura proveniente do contato com limão e exposição ao sol e fórmula estrutural do ácido cítrico.

   Antigamente, as substâncias que hoje são ditas como bases eram associadas a palavra álcali que tem origem árabe, que significa cinzas vegetais. Depois de algum tempo, a partir do século XVI, essas substâncias começaram a ser chamadas de bases, que é o nome mais utilizado nos dias atuais. A palavra álcali também se associa a outros elementos que talvez vocês já tenham ouvido, como, metais alcalinos e pilhas alcalinas. Já ouviram esses termos?

    Assim como as ácidos, as bases também possuem suas propriedades, entre as quais:

  1. formam soluções eletrolíticas ao sofrerem dissociação em água, ou seja, produzem solução condutora de corrente elétrica;
  2. reagem com ácidos;
  3. apresentam sensação escorregadia no tato. Você já tocou em uma solução de água com sabão em pó e em seguida ficou com a mão escorregadia? Já havia imaginado que as substâncias básicas poderiam ser as responsáveis por isso?
  4. apresentam sensação de adstringência. Quem nunca comeu uma banana ou um caqui verde e ficou com a linga “travando”, não é mesmo? (Observação: não são as substâncias básicas que causam a adstringência, elas apenas apresentam essa característica, ok?)

Imagem da fruta caqui e banana verde. E um recipiente com sabão em pó.

   Os primeiros ácidos a serem descobertos pelos alquimistas foram os ácidos clorídrico, nítrico e sulfúrico. Conhecidos como ácidos minerais, pois, se originam de sais de minerais. Na Idade Média, ao estudarem os materiais, os alquimistas notaram que algumas substâncias e materiais poderiam ser agrupados de acordo com a alteração na cor de determinado extratos vegetais. Essa classificação deu origem a dois grandes grupos: os ácidos e as bases. Ao misturar extratos de vegetais com substâncias que apresentavam diferentes valores de pH, os alquimistas perceberam que as misturas apresentavam diferentes cores. Perceberam ainda, que substâncias que apresentavam valores baixos de pH exibiam cores semelhantes, no entanto, cores distintas das cores das substâncias básicas, as quais, apresentavam cores semelhantes. Será que conseguimos encontrar com facilidade extratos de vegetais que possuem a propriedade de mudança de coloração quando misturadas com outras substâncias? Conseguem sugerir algum exemplo?

Robert Boyle (1627 – 1691)

Imagem: o químico Robert Boyle era um homem de pele clara, tinha cabelos longos e cacheados.

 No século XVII, o químico irlandês Robert Boyle afirmou que o melhor método para identificar as substâncias ácidas e básicas era através de testes químicos existentes naquela época, exemplos: teste de efervescência, do gosto e da mudança de coloração. Segundo o químico, esses testes deveriam ser realizados em conjunto e quando as substâncias apresentassem as mesmas características, poderiam ser caracterizadas como ácidas ou básicas. Atenção: nos dias atuais é impensável provar substâncias desconhecidas ou sem identificação, pois, podem apresentar riscos à saúde.